Faça o termômetro subir… na sua vida sexual!
Não espere pelo verão para aquecer a temperatura entre lençóis. Comece por identificar os seus desejos mais íntimos, dê-lhes voz, liberte-se de constrangimentos e procure um parceiro para as suas fantasias.
Dá por si a criar fantasias com outros homens que não o seu marido? A imaginar-se com um perfil sexual em tudo diferente daquele a que o desgaste do casamento a reduziu? Se não encontra respostas à altura desse seu lado mais aventureiro e experimentalista dentro de portas, porque não contemplar outras soluções? Experimentar a vida fora do casamento pode ser mais satisfatório do que imagina. Não sucumba a pensamentos recriminatórios. Perceba quais as razões dessas inquietações e aproveite as boas energias da primavera para soltar a Afrodite que há em si.
Encontrar o parceiro de aventuras perfeito
Este é um passo importante e só essa procura já fará o mercúrio subir alguns graus. Pode inscrever-se em sites de encontros, como o Second Love, que promovem encontros entre pessoas casadas, em igualdade de circunstâncias, também elas em busca de novidade e abertas a novas experiências, prontas a tirar as suas fantasias sexuais do armário. Terá a garantia de que está entre pares e perceberá que os seus desejos encontrarão eco e não morrerão solteiros.
Um homem casado facilmente compreenderá os espartilhos de uma relação primária cuja chama da paixão já esmoreceu e mais entusiasticamente embarcará em práticas sexuais mais picantes. Com o tempo, até o casal mais apaixonado e emocionalmente envolvido acaba por acatar uma vida sexual reservada e tradicional, mais vocacionada para cumprir os mínimos olímpicos do que para demonstrar amor ou cimentar intimidades. Um olhar mais atento sobre comportamentos sexuais dá conta de que a entrada de um novo parceiro na vida de uma mulher traduz-se, por norma, numa atitude mais desinibida, numa postura menos tímida na cama, em desempenhos mais satisfatórios e num inexplicável – ou não tão inexplicável assim – maior à-vontade em expressar e colocar em prática os seus mais secretos desejos.
Role-play – Vestir uma personagem
Não é preciso ser-se fã de BD para perceber o potencial de uma boa máscara. No universo sexual chama-se role-play a todo o tipo de disfarce que leve a criar uma personagem ou história estimulante para os envolvidos. É a forma que os adultos encontram para ‘brincar’ aos médicos, ou a outras profissões, onde a relação aluno/professor também é um clássico.
Brinquedos sexuais
Nunca teve coragem de o sugerir ao seu marido, ou, pelo contrário, ele gostaria de experimentar coisas novas, mas junto dele não se sente suficientemente livre para mostrar o seu lado mais selvagem ou expressar abertamente algum desejo? Talvez um amante ajude a libertá-la de constrangimentos e, mais tarde, poderá até surpreender o seu marido com novas sugestões para noites mais atrevidas do que o normal.
Aventure-se a três
Se a temperatura ainda não está ao seu gosto, há muitas outras vertentes a explorar. Assume-se como sendo essencialmente masculina a fantasia de ter duas mulheres na cama, mas a menàge à trois, seja com dois homens ou duas mulheres, também é apelativa ao sexo feminino. Perceba se é suficientemente desinibida para este tipo de envolvimento, ou apenas tire a prova dos nove experimentando. Talvez perante estranhos se sinta mais solta e livre de vergonhas ou constrangimentos.
Sexo alternativo
Neste ponto, poderá personalizar cirurgicamente a temperatura do quarto, elegendo, de entre um vastíssimo leque de possibilidades, algumas atividades tidas como alternativas. Estamos a entrar no universo kink. Nele cabem quase todas as preferências sexuais, no contexto claro de sexo adulto e consensual. Desde a descoberta de novas posições sexuais, passando pelo swing, participar em orgias, e terminando em práticas BDSM – sigla que engloba Bondage, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo –, onde cabem inúmeros fetiches e que podem ser entendidas como sexo excêntrico ou fora da caixa. Além da curiosidade que qualquer novidade suscita, todas estas possibilidades sexuais introduzem o fator proibido e aumentam a excitação. Quando praticadas em segurança, entre amantes fiáveis, em quem se deposita total confiança, e recorrendo a códigos de segurança, são libertadoras, escape de tensões e stress e potenciam a autoestima. Elas permitem que se sinta poderosa, dona de um segredo maior e associam-se a alguma sensação de soberania sobre si própria. O mais importante é acautelar o parceiro ideal, com o qual possa descobrir novas formas de prazer em total segurança.
Desmistificando o prazer
As práticas BDSM, que a cinematografia tende a associar a ambientes macabros e sinistros – com a trilogia de E. L. James a encimar as exceções –, são apenas outras formas de entendimento sexual entre parceiros adultos. Só são bizarras aos olhos de estranhos, mas esses não são chamados à sua privacidade. Este grau de intimidade e liberdade com um parceiro sexual aumenta, por razões óbvias, os níveis de comunicação entre o casal e o grau de confiança entre os envolvidos. Não apenas isso como estudos científicos provam que praticantes de BDSM revelam melhores indicadores de saúde mental e reduzido stress psicológico. O mais curioso é ainda o facto de o universo kink, ou alternativo, estimular e fortalecer, imagine-se, a fidelidade entre parceiros. O grau de intimidade e de segurança necessárias, o desejo de novas descobertas a dois, o uso de artefactos pouco usuais e a constante comunicação entre as partes fortalece este tipo de relações. São também manifestações que a grande maioria das pessoas não se sente confortável para colocar em prática na sua relação primária, preferindo um outro parceiro de aventuras, com quem possa começar tudo de novo, sem passado, moralismos ou sexo maçador como referência. Liberte-se de espartilhos a pouco e pouco
Liberte-se de espartilhos a pouco e pouco
Conheça os seus limites. Comunique-os com clareza e nunca faça algo que a deixe desconfortável. Passo a passo, acabará por sentir coragem para ir um pouco mais além, ou não. A decisão será sempre sua. O sexo não é igual para todos, nem é vivido sempre da mesma forma pela mesma pessoa. Manter a mente aberta é a melhor estratégia para que se permita explorar o seu corpo e o do seu parceiro. Seja franca quando manifesta aquilo de que gosta e não gosta e não julgue ou critique aquilo que dá prazer ao seu parceiro. Pode não ir mais longe do que apenas uma peça de lingerie sexy ou de uma atrevida venda para os olhos, ou pode, a partir daí, sentir confiança para ‘apimentar’ mais a vida debaixo dos lençóis, ou em qualquer outro local que a sua imaginação determine. O certo é que se considera a sua vida sexual enfadonha e pouco satisfatória, se costuma imaginar-se na cama de outra forma e fantasiar com algo que nunca experimentou, talvez esteja na hora de sair da teoria. Pode acabar por perceber que, afinal, você não é kinky. Não se enquadra em algumas ‘excentricidades’. Que esse é um mundo que prefere apenas manter na sua mente, alimentando secretamente a sua vida sexual, ou pode acabar por descobrir, em si, uma nova mulher, mais livre para buscar o prazer. Mais solta e segura para se aventurar nos braços de um amante.